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PB tem mais de 3 mil pessoas vivendo em domicílios improvisados, aponta IBGE; São Paulo tem 42 mil

Na Paraíba, 3.263 pessoas moram em barracos e outros domicílios improvisados, segundo um novo conjunto de informações do Censo Demográfico 2022 divulgado nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com a caracterização dos domicílios coletivos, particulares improvisados e de uso ocasional ou vagos. É o 15º estado no ranking. No Brasil, em 2022, foram contadas 160 mil pessoas vivendo em barracas, estabelecimentos, veículos e barracos de tapume na rua. As tendas feitas de lona, plástico ou tecido eram a maior parte deste tipo de moradia improvisada, com 57 mil pessoas sob seus tetos.

O total de pessoas vivendo em domicílios improvisados caiu 43% na comparação com o recenseamento de 2010, que registrou 282.692 nessa situação. Ainda, dois em cada dez moradores de estruturas improvisadas em vias públicas eram crianças de até nove anos.

Além disso, em 2022, o Brasil tinha 160.784 pessoas vivendo em asilos ou instituição de longa permanência para idosos, segundo os dados do último Censo, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. Isso representa 0,5% da população com mais de 60 anos no país (32,1 milhões).

14/06/2023 Brasília (DF) - Lar dos velhinhos - Dia 15/06/2023, Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Lar dos velhinhos em Brasília – Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A maior proporção de pessoas vivendo em asilos se encontra no Sudeste (57,5%), região que concentra 46,6% da população idosa nacional. O Sul responde por 24,8% das pessoas em asilos e tem 16,4% dos idosos do país.

“É de se esperar que você tenha mais moradores de asilo em regiões que são mais envelhecidas, que são justamente o Sul e o Sudeste”, explica o pesquisador do IBGE, Bruno Perez.

Em um recorte de gênero, os dados divulgados hoje mostram que as mulheres são a maior parte dos moradores de asilos, respondendo por 59,8% do total.

“Isso está relacionado ao fato de que as mulheres são maioria na população com um todo e são maioria, de forma mais expressiva, quando a gente olha para a população idosa. No Brasil, a expectativa de vida dos homens é significantemente menor do que das mulheres”, avalia Perez.

O levantamento constatou também que havia 14.374 pessoas vivendo em orfanatos e instituições similares em 2022, ou seja, 0,03% da população brasileira com até 19 anos (54,5 milhões).

Outro dado é o número de pessoas vivendo em clínicas psiquiátricas ou comunidades terapêuticas (24.287). Essa população é majoritariamente masculina e com idades entre 30 e 59 anos.

Acre -42.066
São Paulo – 13.654
Bahia – 10.829
Minas Gerais – 9.330
Rio de Janeiro -.882
Goiás – 8.341
Pará – 6.088
Pernambuco – 5.828
Rio Grande do Sul – 5.631
Paraná – 4.486
Maranhão – 4.293
Alagoas – 4.009
Mato Grosso – 4.007
Ceará – 3.885
Amazonas – 3.263
Paraíba – 3.228
Mato Grosso do Sul – 3.173
Santa Catarina – 3.087
Distrito Federal – 3.050
Rio Grande do Norte – 2.723
Roraima – 2.449
Sergipe – 2.085
Espírito Santo – 1.719
Piauí – 1.559
Tocantins – 1.272
Rondônia – 1.030
Amapá – 518

Domicílios coletivos

Penitenciárias

Segundo o IBGE, a população vivendo em penitenciárias, centros de detenção e estabelecimentos similares chegou a 479.191 no último levantamento. De acordo com o instituto, foram considerados moradores de prisões os detentos que já estavam há mais de um ano na cadeia ou que tinham condenação superior a 12 meses.

Isso representa 0,24% do total da população brasileira calculada pelo Censo 2022 (203,1 milhões). De acordo com o levantamento, 96% da população carcerária era formada por homens. A maioria dessas pessoas (75,4%) tinha entre 20 e 29 anos (40,7%) e entre 30 e 39 anos (34,7%).

Em relação à população total do país, a faixa etária de 20 a 39 anos representa apenas 15,1% de todos que vivem em penitenciárias, sendo que as faixas de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos têm, mais ou menos, o mesmo número de pessoas.

Penitenciária Industrial de Blumenau, que faz parte do Complexo Penitenciário do Médio Vale do Itajaí - Blumenau- 27/01/2016. Foto: Jaqueline Noceti/Secom
Das 479 mil pessoas que viviam encarceradas, 52% estavam na Região Sudeste – Jaqueline Noceti/Secom

Das 479 mil pessoas que viviam encarceradas, 52% estavam na Região Sudeste, 16,5% no Nordeste, 14,7% no Sul, 10% no Centro-Oeste e 6,8% no Norte do país.

Tanto o Sudeste quanto o Centro-Oeste tinham parcelas das populações carcerárias que superavam suas proporções no total da população brasileira, já que o Sudeste concentra 41,8% dos habitantes do país e o Centro-Oeste, 8%.

Adolescentes

O IBGE também constatou que havia 7.514 pessoas vivendo em unidades de internação de menores, ou seja, unidades socioeducativas voltadas para adolescentes em conflito com a lei. Desse total, 96,2% eram homens.

Outros dados divulgados pela pesquisa, nesta sexta-feira, foram os totais de moradores de hotéis ou pensões (46.269), de alojamentos (30.090), de abrigos, casas de passagem ou república assistencial para outros grupos vulneráveis (24.110) e de abrigos, albergues ou casas de passagem para população em situação de rua (11.295).

 

Redação com ABr e Folha

Foto capa: Rovena Rosa/ABr

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