Pedido de suspensão feito pela defesa é negado, e julgamento de Daniel Alves começa na Espanha; veja vídeo
O julgamento do jogador Daniel Alves, acusado de estupro por uma jovem de 24 anos em uma boate na noite de 30 de dezembro de 2022, começou na manhã desta segunda-feira (5) em Barcelona, onde o brasileiro está preso desde o dia 20 de janeiro de 2023.
Alves chegou à Audiência de Barcelona, palácio da Justiça no centro da cidade, por volta das 10h (6h em Brasília) e sentou-se na sala do julgamento às 10h29.
- Daniel Alves, preso há um ano, encara julgamento de três dias em Barcelona
- Nova versão de Daniel Alves pode ser estratégia para reduzir pena pela metade
A sessão começou com o Ministério Público apresentando o documento de licença médica da vítima, entrevistas de Alves em janeiro de 2023 e a ação movida pela denunciante por divulgação de suas imagens pela mãe do jogador de futebol.
Já a advogada de Alves, Inés Guardiola, pediu a suspensão do julgamento devido a uma suposta violação dos direitos fundamentais do jogador ao privar o perito da sua parte de intervir no exame psicológico da vítima. O pedido foi negado.
A defesa ainda solicitou que o brasileiro seja o último a ser ouvido, o que foi concedido. Alves, que deveria falar nesta segunda, agora dará sua declaração na quarta-feira (7), o último dia do julgamento.
Por volta das 13h, a jovem começou seu depoimento. O sinal do circuito interno de televisão foi cortado e a mídia não consegue ver ou ouvir mais nada. Essa medida foi tomada para garantir a sua privacidade. Além disso, ela presta depoimento atrás de um biombo para evitar contato visual com Daniel Alves.
A pena máxima, sem agravantes, para um estupro na Espanha é de 12 anos, tempo pedido pela acusação. Já a defesa do brasileiro pede a absolvição.
Havia a expectativa, entre os jornalistas presentes, de que as partes chegassem a um “acordo de conformidade” antes de o julgamento começar. Isso significaria que o julgamento seria suspenso, o que não aconteceu.
Esse acordo, no qual Alves pagaria um valor à vítima, ainda pode ser feito mesmo no meio das sessões. É possível, em teoria, até o último momento antes de o juiz proferir a sentença.
O julgamento deve durar três dias, com Alves sendo ouvido ainda nesta segunda, além de seis outras testemunhas. A terça-feira (6) está reservada para o restante dos depoimentos, e a quarta, para apresentação de relatórios e conclusões dos policiais e de peritos.