Polícia Militar oferece circo em vez de segurança e a baderna toma conta da orla
Só vendo para acreditar a que ponto chegou a segurança pública no que diz respeito ao policiamento preventivo e ostensivo absolutamente entregue ao diletantismo como solução para o desleixo e a negligência que caracteriza a Polícia Militar de hoje, dedicada aos espetáculos musicais, enquanto os abusos são cometidos em locais como o Busto de Tamandaré, em Tambaú, a mais tradicional praia da cidade, onde motoqueiros quebram o silêncio das madrugadas sem sofrerem qualquer repressão.
Cenas de total ausência de policiamento preventivo e ostensivo acontecem em áreas, as mais diversas da cidade, com destaque para os pontos tradicionais de concentração, onde movimentações de motoqueiros quebram o sossego e a paz dos moradores e transeuntes como se pode verificar nas cenas que o vídeo abaixo reproduz.
São ataques acintosos a tranquilidade dos moradores, nunca coibidos porque o reduzido e exaurido policiamento ostensivo vem sedo empregado em outras funções, desviado de seus fins, para transmitir aos incautos a sensação de uma polícia integrada com a população, como se de música dependesse a segurança de lares e estabelecimentos.
Enquanto a cidade perde o sossego e não consegue dormir incomodada pelo ronco dos motores, a bandinha se diverte em locais previamente organizados para passar a impressão de interação entre a corporação e a população, o que não é verdade.
O que pode ser comprovado pelas explosões de cofres em meio a noite sobressaltando, inclusive, personalidades como o governador João Azevedo, surpreendido no repouso, como os demais pessoenses, pelo detonar de explosivos acionados praticamente no seu quintal.
Seria essa realidade explosiva que faz mais grotesca a bandinha, a saltitar embalada pelo oportunismo barato dos coreógrafos amadores.
Essa euforia ridícula pede providências urgentes para que se possa reintegrar a corporação a sua finalidade de garantir segurança e deixar de oferecer circo.