Prefeitura de João Pessoa e Conafer realizam inseminação artificial em rebanho bovino
A Prefeitura de João Pessoa, em parceria com a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), realizou, na manhã desta quinta-feira (31), inseminação artificial em 31 vacas na zona rural do município. Os animais são criados por produtores assistidos pelo programa de fomento ao empreendedorismo rural da gestão municipal, o Eu Posso Semear.
O rebanho atendido foi beneficiado pelo plano de melhoramento genético +Pecuária Brasil, desenvolvido pela Conafer. A ação desta quinta-feira foi resultado de um trabalho que teve início em maio passado, quando a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest) de João Pessoa implementou a parceria firmada com a Confederação. No primeiro momento, 100 vacas foram vacinadas contra brucelose.
“Essa foi uma iniciativa inédita, junto aos pequenos criadores do nosso município, que celebraram e, prontamente, abraçaram a ideia. Agora em agosto, avançamos para a segunda etapa, que foi justamente a de preparativos para a inseminação”, explicou Vaulene Rodrigues, secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de João Pessoa.
Exames – Na semana passada, um total de 62 vacas passaram por exame de ultrassom, para indicar aptidão para receber inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Do total, 31 não estavam prenhas naturalmente. Essas receberam implante de progesterona, um estímulo hormonal para que entrassem no cio. Na terça-feira (29), o implante foi retirado e apenas nesta quinta, 48h depois, conforme protocolo, foi feita a inseminação.
“No processo de inseminação, o sêmen é descongelado, colocado no aplicador e introduzido no útero da fêmea. Com 60 dias, voltaremos para fazer uma nova ultrassom nas vacas inseminadas. Aquelas que não pegarem prenhez, poderão protocolar novamente, se assim for a decisão do produtor. Cada vaca pode ser protocolada até duas vezes”, destacou Jéssika Assis, médica veterinária da Conafer.
Genética – A gestação por meio desse processo vai resultar em animais com material genético melhor do que a prenhez natural, possibilitando, por exemplo, maior produtividade tanto de leite quanto para corte. “Além disso, teremos garantia de saúde e bem-estar desse rebanho, tendo em vista que, para receber os sêmens, todas as vacas tiveram que ser vacinadas e seguirão passando por um acompanhamento técnico”, frisou Adriano Vasconcelos, diretor de Agricultura Familiar e Pesca da Sedest.
Foto: Alysson Bernardo