Privacidade do Governo continua sendo sabotada e espionada com a desfaçatez e a arrogância de antigamente; conversas íntimas chegam às redes sociais
Continua a saga do governador João Azevedo nessa trajetória rumo à estabilidade de sua gestão a cada dia mais exporta e vulnerável as retaliações do inimigo doméstico que ele permanece afagando ao removê-lo de um lugar para outro na desvairada tentativa de apaziguar o ânimo interno do que restou da partilha do PSB, ainda forte e insinuante no Governo a mostrar a todos que João ainda é “nosso” mesmo que travestido de dissidente.
Respaldado na sua inquestionável probidade de cidadão, João tem resistido ao bombardeio de insinuações tenebrosas que saíram das delações de Livânia Farias, onde em muito dos trechos a ex-secretária faz a ressalva do caráter de João ao revelar que ele desconhecia a profundida do abismo que herdou.
Diante da vasta exibição dos crimes escabrosos que a quadrilha de Ricardo Coutinho cometeu com a maior desfaçatez, alguns personagens desse cenário de horrores morais emergem do mar de lama limpos e maiores do que já demonstravam ser como seria o caso específico do engenheiro Hélio Cunha Lima, resoluto por trás de sua armadura de cavaleiro andante a repelir e repudiar qualquer tentativa de desviar-se dos caminhos da moralidade que apendeu em casa.
No mesmo diapasão o ex-secretário Claudio Cunha Lima determinado em não ceder às pressões e mostrando pressa para abandonar um barco que já pressentia carregado de contrabando moral capaz de ir ao fundo a qualquer momento pelo peso da carga de detritos que entupia seus porões.
Esses tripulantes têm ao seu favor esse crédito da reputação ilibada que a trajetória sem mácula lhes confere e João indiscutivelmente é um deles, por tudo que amealhou da vida no aspecto da probidade mesmo tendo convivido com o que tem de mais expressivo no campo oposto ao exemplo de Sara Cabral e Ricardo Coutinho.
Agora, nem mesmo as mais resistentes das armaduras permanecem impenetráveis se persistirem no contato com uma erosão tão corrosiva como a da corrupção. Para essa não tem antídoto e o final será a derrocada pela ferrugem do desgaste.
Por mais que insista em não ver, João está cercado pelo inimigo doméstico infiltrado na sua intimidade de forma tão sorrateira que sua presença nefasta só se faz perceber em episódios como o que circula nas redes sociais, onde uma conversa de grupo de secretários vazou mostrando mensagens trocadas pelo governador sobre visita do Gaeco ao DER de onde teriam levados documentos sobre obras suspeitas.
O episódio é estarrecedor porque comprova que a espionagem e a sabotagem denunciadas por Sua Excelência continuam em plena atividade e na mesma intensidade expondo as vísceras do Governo quando interessa o desgaste e essas forças ocultas já não são tão ocultas assim pelas reiteradas investidas e pela localização exata de onde partem.
O que falta são providências para devolvê-las ao mar de lama ao qual se acostumaram.
E para que não fique nenhum duvida da profundida das relações ocultas e das digitais a quem interessa esse tipo de informação é só prestar atenção onde elas foram divulgadas.