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Professores de universidades federais decidem encerrar greve após 69 dias

Em assembleia realizada na noite de ontem, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior informou que a maioria de suas instituições filiadas optou por acabar com a paralisação. Foram 33 votos a favor do encerramento do movimento e 22 contrários.

Professores e servidores técnico-administrativos de institutos federais resolveram aceitar a proposta do governo e voltar ao trabalho. As aulas, no entanto, só voltarão ao normal depois da assinatura dos termos de acordo com o governo federal, que deve ocorrer na próxima quarta-feira. Os servidores decidiram aceitar que o governo não ofereça reajuste salarial ainda neste ano.

O que aconteceu

Paralisação também foi suspensa por técnicos dos institutos federais, mas ainda está mantida pela categoria nas universidades. A Fasubra, que representa a maioria desses servidores, informou que fará uma nova reunião com o comando de greve nesta segunda-feira para decidir os próximos passos.

Parte dos servidores das universidades já havia decidido na última semana a abandonar a greve, hoje completou 69 dias. Até quarta-feira (19), docentes das federais de Brasília, do Paraná e do Rio Grande do Norte já haviam decidido voltar ao trabalho.

Ainda que insuficiente, a força da greve proporcionou conquistas importantes e fortalece a categoria em sua capacidade de mobilização e qualidade de vida.

Gustavo Seferian, presidente do Andes (o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e professor na UFMG

A proposta do governo

Aos técnicos-administrativos, o governo propôs um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026.

Também há melhorias para valorização da carreira.

Os professores também aceitaram a proposta de reajuste salarial para 2025 e 2026. Cada nível profissional tem uma porcentagem diferente.

O governo Lula propôs também mudar a carga horária e o registro de ponto eletrônico. O objetivo é revogar a portaria 983/2020, editada pelo governo Jair Bolsonaro (PL), que ampliou a carga horária mínima semanal.

O governo também abriu os cofres para incentivar o fim da greve. Lula prometeu destinar R$ 5,5 bilhões em investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para centros e hospitais universitários.

Lula: “Não tenho medo de reitor”

Lula (PT) disse em evento no Maranhão, que não “tem medo de reitor”. “Vocês estão lembrados de um presidente que nunca recebeu um reitor na vida dele? Nunca recebeu um reitor. Eu, em apenas um ano e sete meses, já convidei duas reuniões de todos os reitores do Brasil, das universidades e dos institutos federais, porque eu não tenho medo de reitor”, disse Lula. Em seguida, ele brincou com o dedo amputado em torno mecânico, quando ele ainda era metalúrgico. “E esse dedo que falta não foram eles [os reitores] que morderam. Esse dedo eu perdi numa fábrica”, disse. “Quero ter uma relação mais democrática possível”.

O presidente tem se queixado da greve. Lula já disse não ver motivo para a greve “durar o que está durando” e, numa solenidade no começo do mês, falou dos investimentos em infraestrutura nas instituições de ensino federais.

 

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