Quem será depois de Biu? Agressão ao ex-deputado mostra que João e Euler perderam o controle da Polícia Militar e do Estado
Nada mais deprimente e deplorável do que a demonstração covarde do abuso policial independente de quem seja a vítima da violência notadamente se for um idoso beirando os 80 anos.
Mais deplorável do que os fatos ocorridos em Patos apenas a pusilanimidade de um governador que não se manifesta diante do descalabro que tomou conta da força policial nas ruas sem controle e com receio apenas das facções submetida aos vexames mentirosos de seu comandante, o mais desacreditado da história da corporação, e que só tem perfil adequado para servir a governos como os que as operações policiais desnudaram.

O que se viu no episódio de Patos, onde um homem reconhecidamente público, pelos muitos cargos que ocupou sofrer o constrangimento a que foi submetido o ex-deputado e ex-prefeito Biu Fernandes, causa justa indignação diante de tamanho absurdo e despropósito.
Agredido física e moralmente por agentes públicos – pagos pelo erário para manter a ordem e a segurança – que recorreram às algemas para conduzir um ancião à delegacia nos obriga reconhecer que chegamos ao fundo do poço em termos de credibilidade na Segurança Pública.

A mesma polícia – que só enfrenta bandidos na versão mentirosa de seu comandante, um coronel desacreditado e taxado de impropérios que o recato impede de repercutir, protagoniza um espetáculo de covardia que imita o caráter dos superiores e do governador ocupando hoje o Palácio da Redenção rendido a segredos terríveis, que o imobiliza e o impede de agir em nome da decência.
O que aconteceu em Patos soma-se os fatos desabonadores, que revelam toda incapacidade do atual comandante de continuar no cargo sobejamente repudiado pela tropa e que se estivesse no Governo um homem menos pusilânime que João Azevedo já teria sido exonerado.

A popularidade de Biu Fernandes, referendada pelos cargos que ocupou, não pode ser e não é desconhecida dos policiais que efetuaram sua prisão e o fato só pode ter uma leitura – a de que a coisa foi deliberada ou para desmoralizar o coronel Euler ou o governador João Azevedo em conflito com as forças de segurança por questões salariais.
O recado é curto e grosso: aqui somos nós que mandamos, e vai preso quem tiver a ousadia de nos enfrentar mandando às favas a autoridade do governador e do comandante desmoralizando nada mais nada menos que um ex-deputado estadual e ex-prefeito, atingindo também a autonomia e a soberania do Parlamento.

Um fato gravíssimo, que aponta para o desmantelo que atingiu a Paraíba ainda sob a influência de forças alheias ao Estado Democrático de Direito, e com uma tropa insatisfeita e insubmissa aos superiores, não respeitando nada nem ninguém, apenas às facções; disposta ao confronto com o governador já visto como um homem medroso e submetido a certas áreas do seu Governo, onde não consegue impor a autoridade que lhe foi conferida pelas urnas.
Biu Fernandes é o exemplo do descalabro que atingiu a segurança pública no estado sob o comando de verdadeiras aberrações fardadas obcessivamente agarradas aos cargos e que perderam o respeito dos subordinados, constantemente insultadas, publicamente, e cujo decoro esvaiu-se na enxurrada de escândalos que as envolvem.
Se a covardia não fosse o ingrediente que tempera a política hoje na Paraíba caberia uma nota de solidariedade da Assembleia e da própria Famup a Biu Fernandes. Mas como é o medo que impera calado estão e calados vão permanecer.
Confira o vídeo da prisão de Biu no link abaixo:
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