Raíssa diz que presos na operação da PF são assessores de Dinho Dowsley; ele nega e exige provas
A vereadora Raíssa Lacerda compareceu, na manhã de hoje, à Câmara Municipal, e ocupou a tribuna para apontar o presidente da Casa, Dinho Dowsley, como o verdadeiro nome que teria relação com as pessoas presas na operação da Polícia Federal que investiga assédio eleitoral, com participação de facções criminosas em bairros da periferia de João Pessoa.
“Eu fui presa com apoiadores de outros vereador”, disse, citando o nome de Dinho. Segundo ela, Poliana, que foi apontada como assessora de Raíssa, na verdade é assessora de Dinho, assim como Taciana, que trabalha em conjunto com Poliana – esta é esposa com um dos traficantes investigados que, segundo adiantou, trabalharia para Dinho.
“Eu fui boi de piranha, atiraram no alvo errado. Eu não tenho nada a ver com essas pessoas, e não sei porque fui escolhida para ser esse boi de piranha”, desabafou.
Raíssa só ocupou a tribuna por três minutos, quando seu microfone foi desligado pelo presidente da Câmara Municipal. “Ele cortou minha fala alegando medidas cautelares, mas essas medidas não me impedem de vir à Câmara e falar o que eu quiser. Apenas tenho que me recolher às 20h, em casa. Ele quis me humilhar, mas a verdade é que é ele quem tem ligações com essas pessoas que foram presas juntos comigo”.
DINHO EXIGE PROVAS
Dinho, por sua vez, nega relações com essas pessoas e exige que a vereadora prove que elas trabalham para ele.
“Não tenho como provar, mas está tudo nos autos do processo”, garante ela.