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Rayssa Leal chora, ri e vai à final do skate street de maneira dramática

Tida como uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de ParisRayssa Leal teve uma classificação dramática à final do skate street. A maranhense de 16 anos passou por dificuldades no início de suas apresentações, na tarde francesa de domingo (28), mas se recuperou em grande estilo e, por pouco, obteve a pontuação necessária para avançar, com a sétima das oito vagas.

Os problemas ocorreram na parte da disputa em que as atletas têm duas voltas de 45 segundos, com liberdade para executar sua performance pela pista. Vale a maior das duas notas, mas a adolescente caiu em ambas as tentativas e, embora tenha executado boas manobras, teve apenas uma pontuação mediana de 59,88.

“Acho que poderia ter sido melhor. Eu errei bastante. Todos os dias dei o meu melhor nos treinamentos, mas era muita gente, muito barulho, e eu me deixei levar”, afirmou. “Eu estava um pouco emocionada porque isso normalmente não acontece, eu errar as duas voltas, ainda mais em uma manobra simples, que é o flip. Deixei o nervosismo me levar.”

Após as quedas, ela pegou seu skate chorando e buscou conforto nos braços dos pais e irmãos, ao lado da área de competição. Em seguida, recuperou a concentração e foi muito bem na fase seguinte da disputa, com cinco tentativas de manobra única, com pontuação válida nas duas maiores.

A imagem mostra um grupo de pessoas assistindo a um evento esportivo. No primeiro plano, há quatro pessoas em destaque, uma delas usando um capacete e uma blusa colorida. As outras três estão próximas, com expressões de entusiasmo. Ao fundo, uma multidão de espectadores, muitos usando chapéus e óculos de sol, observa o evento sob um céu ensolarado.
Rayssa busca conforto na mãe (à dir.) após errar duas vezes no início das eliminatórias; notas grandes garantiram a brasileira na final – Foto: Reprodução/Mathilde Missioneiro/Folhapress

Nesse momento, o desempenho foi excepcional. Rayssa chegou a descartar um 85,87, pois conseguiu um 88,87 e um 92,68, a maior nota da história do skate street nos Jogos Olímpicos. Essa pontuação a deixou na quinta colocação, mas ainda faltava uma bateria, com cinco atletas, que definiria o ranking final e as oito classificadas.

Restava à brasileira torcer, e a torcida foi bem-sucedida. As japonesas Liz Akama e Funa Nakayama a ultrapassaram, mas as norte-americanas Poe Pinson e Mariah Duran e a tailandesa Vareeraya Sukasem ficaram atrás. A maranhense, aliviada, avançou à decisão com a sétima colocação geral.

As brasileiras Pamela Rosa e Gabi Mazetto também participaram na etapa classificatória, mas não conseguiram pontuar para ficar entre as classificadas e encerram a participação no skate street. A decisão acontece também neste domingo no Parque Urbano Concorde, como foi rebatizada a histórica place de la Concorde no período olímpico.

Já no street, a pista traz elementos das ruas, como corrimões, trilhos e degraus, e a forma de competição é diferente. Cada skatista tem direito a duas voltas de 45 segundos na pista, sendo permitido fazer quantas manobras quiser, e cinco tentativas para manobras únicas com maior grau de dificuldade.

 

Matéria transcrita da Folha de S. Paulo
Foto: Reprodução/Matilde Missioneiro, da Folhapress

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