Sandra repete Ronaldo, esfrega o dedo na cara de João e grita: “aqui quem manda é Ricardo”
Uma investida violenta vem sendo realizada pelas forças socialistas, aliadas ao ex-governador Ricardo Coutinho, com o intuito de desmoralizar o hoje adversário, João Azevedo, insubmissa criatura que resolveu, como todas as criaturas, desafiar o criador.
A estratégia seria partir para a peitada clássica de, “faça se tem coragem, que eu duvido”, e se não fizer está provado que você não é de nada. Aquela postura clássica da malandragem dos morros cariocas, onde a bravata faz a fama de muita gente que, se revidada à altura, esconde o rabo entre as pernas, e parte em desabalada carreira.
O que a vereadora Sandra Marrocos fez da tribuna da Casa de Napoleão, na condição de líder do PSB, na Câmara Municipal, peitando o governador e lançando um desafio, que reverberou no interior do Governo – onde uma maioria expressiva de ricardistas ainda habita incólume e em suspense – teve o efeito de uma injeção de ânimo e de confiança, afastando dúvidas quanto a quem de fato manda no pedaço.
Não bastante a condição de líder do partido na Câmara Municipal, Sandra goza da fama de ser uma das mais fieis amazonas do ex-governador e pode ser interpretada como um dos mais legítimos porta-vozes do socialista, inclusive repetindo o seu tom cáustico e arrogante esborrando atrevimento e petulância que, se não revidados no mesmo tom pode trucidar de vez aquela autoridade que João vinha ensaiando e que tanto vinha agradando a uma parcela expressiva da sociedade exausta com as reiteradas demonstrações de mandonismo.
A declaração de Sandra ecoou como uma senha para todos se manterem no mesmo lugar porque de lá não serão retirados, diante da malemolência até agora apresentada revelando que, a carência de densidade eleitoral do governador não lhe concede autoridade, para promover as mudanças, que se revelem necessárias, para que possa chamar o Governo de seu.
Sandra não mediu palavras para afirmar que o Governo é de Ricardo confessando que a expectativa de continuidade era uma chave para mantê-lo governando e que nada mudaria como se outras forças não tivessem contribuído para a eleição de João Azevedo.
Mas, o golpe definitivo dado por essa ala socialista foi empurrar para dentro dos escândalos, que arrasaram a reputação republicana de Ricardo e de sua gestão, figuras muito próximas do atual governador naquela de jogar lama no ventilador para atingir a todos.
Todos juntos e misturados parece ser a receita adotada pela turma de Ricardo e que, se aceita por João, vai desmoralizar sua gestão. Para escapar dessa mistura de dejetos morais será preciso fazer uma depuração e jogar para fora tudo aquilo que tenha relação como o Governo passado.
A euforia que tomou conta de setores do Governo depois da declaração de Marrocos pode ser avaliada pelo que vazou de A União onde gente muito próxima a Ricardo tem se empenhado tranquilizar a tropa socialista, acantonada naquelas plagas, sobre a permanência de todos no Governo em razão da peitada dada pela vereadora e da armadilha montada para comprometer o secretário.