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Tabu entre homens, cuidado com saúde mental revelado por Wesley Safadão contribui para reduzir preconceito

Os homens ainda são minoria quando se fala no tratamento e acompanhando de doenças mentais, mas lideram casos de suicídio: dados do Ministério da Saúde apontam que a situação é quase quatro vezes maior entre pessoas do sexo masculino. De acordo com a psicóloga da Hapvida Notre Dame Intermédica, Michelle Costa, o tabu fortalece o estigma dos transtornos mentais em homens, que acreditam que procurar ajuda médica e psicológica nessa área é demonstrar fraqueza.

“O estigma de que ‘homens suportam tudo’ é fortemente trazido por outros homens. A vergonha de assumir que precisam de ajuda psicológica ainda é uma barreira para o início do tratamento”, pontuou.

Recentemente, o cantor Wesley Safadão surpreendeu os fãs ao anunciar uma pausa na carreira para cuidar de sua saúde mental. O artista compartilhou sua luta com o transtorno de ansiedade, no qual tem lidado com crises constantes, precisando se afastar dos palcos por tempo indeterminado. Para Michelle, a postura de “Safadão” é um passo para desestigmatizar o tema.

Depressão e transtorno de ansiedade são os mais conhecidos, mas não os únicos: transtorno bipolar, transtorno de estresse pós-traumático, esquizofrenia e transtorno obsessivo-compulsivo estão entre as doenças mentais que afetam milhões de homens em todo o mundo. Ainda assim, nem sempre é fácil chegar a um diagnóstico.

“Ainda há o mito de que homens não são vulneráveis a mal-estar emocional. Eles ainda acreditam que a condição de fragilidade os deixa vulnerável socialmente, impossibilitando a busca por ajuda profissional”, ressalta a psicóloga.

Nesse contexto, amigos e familiares desempenham um papel fundamental para ajudar a pessoa a validar os sentimentos e aceitar a fragilidade vivida, uma vez que a barreira social ainda é uma das maiores dificuldades da pessoa diagnosticada com uma doença mental.

Dados – De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos, alguém em algum lugar do mundo tira a própria vida, o que totaliza cerca de 800 mil mortes por suicídio por ano. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV)  realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email e chat, 24 horas todos os dias.

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