Terminália: Violência recrudesce no Estado enquanto a PM apaga o lampião e derrama o gás em forrobodó no Conde
Enquanto a Polícia Militar acabava uma festa em uma granja no Conde onde presumia-se havia farta quantidade de drogas e presenças de pessoas envolvidas com o tráfico – e ao mesmo tempo produzindo material publicitário para demonstrar eficiência -, o mundo vinha abaixo em outros locais da região metropolitana e pelo menos 6 pessoas foram alvejadas num descompasso de ocorrências policiais, que expõe a realidade que se procura ocultar com pirotecnia.
Os homicídios ocorridos em Aroeiras, onde dois motoqueiros foram mortos, provavelmente num confronto entre quadrilhas pelo controle do tráfico na fronteira entre Pernambuco e Paraíba, não contou com a interferência da Operação Terminália entretida em acabar o forrobodó do Conde.
No litoral Norte, um rapaz conhecido como Valtinho foi morto a tiros na Comunidade da Carrapeta na cidade de Lucena.
Informações policias indicam que os assassinos chegaram e dispararam em direção à vítima que não teve tempo de se proteger, os bandidos fugiram em destino ignorado.
Simples assim, sem maiores detalhes sobre o assassinato, provavelmente porque a Terminália não encontrou tempo para se deslocar até o local. Morre-se na PB com muita naturalidade mesmo que de forma trágica e violenta.
No Bairro dos Estados mais um assassinato neste domingo. O autor e motivo do homicídio não foram revelados, até a noite deste domingo. Nenhum suspeito foi detido, com certeza, porque a Polícia estava ocupada em filmar para o seriado Terminália, mais uma produção dos estúdios cinematográficos do delirante comandante geral.
No Cristo Redentor a violência atingiu pai e filho, alvejados com disparos depois de uma perseguição pelas ruas do bairro. Os dois tentaram se proteger em um posto de gasolina na rua Rainery Mazzili. O filho não resistiu aos disparos e o pai foi socorrido pelo Samu e não se sabe sobre seu estado de saúde.
Todo esse pandemônio e a Policia Militar acabando uma festa no Conde, o que termina por revelar a falta de planejamento de ações, exibidas apenas com o intuito de gerar publicidade.
O que torna mais estranho é que toda essa violência vem sendo omitida pelos meios de comunicação na internet onde só a pauta positiva é exibida.
Esse caos vem transformando Governo de João numa pandemia de desacertos na área da segurança pública e apontaria para fatos mais graves, que passariam pela falta de determinação de mudanças no aparelho policial.
A pirotecnia herdade do Governo passado permanece e nada mudou dentro do sistema: velhas e cansadas mentalidades sobrevivem de forma estranha, suspeita e imunes às remoções que o setor exige.
Há quem acredite em sabotagem – aquela que o próprio João denunciou em passado recente e que, a aproximação das eleições municipais parece estar impulsionando para que se possa ter material para as inevitáveis comparações entre gestões.
Não seriam essas teminálias para solucionar o vazio de ideias e capacidade propiciado pela mediocridade ululante instalada nos cargos estratégicos do Sistema de Segurança e que se mantém de forma inexplicável e acintosa diante desse cenário de horrores, que a pirotécnica não é capaz de apagar.
Essa complacência do governador para com os monturos do PSB, ainda pulsando dentro de sua gestão já causa perplexidade e começa construir uma sensação de que, ou João é parte da quadrilha ou teme a quadrilha Girassol.
Polícia acaba festa com 600 pessoas, apreende armas e drogas e prende três suspeitos na região metropolitana de JP
Festa ocorria no Loteamento Mata D’água, no município de Conde, região metropolitana de João Pessoa
A Polícia Militar encerrou neste domingo (5) uma festa que ocorria no Loteamento Mata D’água, no município de Conde, região metropolitana de João Pessoa. Na ação, três armas de fogo e diversos tipos de entorpecentes foram apreendidos, sendo três suspeitos detidos.
Sobre a festa
Após receberem informações de que uma festa ocorria em uma granja no município de Conde, e que nela estariam presentes indivíduos relacionados a organizações criminosas e torcidas organizadas, foi articulada uma operação policial denominada “Terminália”, que contou com a participação de policiais da 1ª CIPM, em conjunto com a Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e outros órgãos da prefeitura.
Ao chegarem no local, as equipes se depararam com cerca de 600 pessoas se confraternizando e, ao perceberem a presença da Polícia Militar, houve grande correria e fuga, mas foi possível controlar a ocorrência sendo feitas buscas a pessoas e a varredura no local, que culminaram na apreensão de quase 300 unidades de entorpecentes, entre maconha, loló, cocaína, ecstasy, LSD e crack; e na apreensão de três armas de fogo, sendo dois revólveres calibre 38 e uma pistola calibre 380.
Foram lavrados diversos termos pelos órgãos competentes, relativos às irregularidades do evento. Todo o material apreendido e os suspeitos foram conduzidos à delegacia de Alhandra.
Mais – “Terminália” foi um festival da antiga Roma em tributo ao Deus Término, que era a divindade tutelar das fronteiras. A operação faz parte de um conjunto de ações realizadas pela Polícia Militar para fazer cumprir as medidas restritivas de combate à disseminação do novo coronavírus e prevenir e combater crimes contra a vida, contra o patrimônio e tráfico de drogas.
Redação e portais