Terror estabelecido por Euller contra editor do Jampanews prova que a influência de Ricardo continua na gestão de João; comandante designou arapongas para espionar editor do portal
Há uma investigação em curso de forma sigilosa promovida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar se a influência e autoridade do ex-governador Ricardo Coutinho ainda se estendem a atual gestão.
A investigação foi solicitada pelo Ministério Público e reforçada pela Procuradoria Geral da República na pessoa do sub-procurador Humberto Jacques que encontrou na peça encaminhada pelos procuradores da Investigação Calvário – e corroborada pelo desembargador relator Ricardo Vital – sérios indícios de captura do Estado pela organização criminosa chefiada pelo ex-governador Ricardo Coutinho.
O principal fato para se desconfiar da continuidade do crime organizado na atual gestão seria a permanência de figuras de destaque no esquema desbaratado, uma delas e a mais sombria a do comandante geral da Polícia Militar, Euller Chaves, cujas impressões abundam em vários episódios nebulosos, ocorridos nesses oito anos de atuação da quadrilha, mas jamais desvendados em consequência dos laços de cumplicidade estabelecidos com setores dos demais poderes como detectou a Operação Calvário.
A quadrilha, segundo o documento encaminhado pela PGR, teria estendido seus tentáculos as mais diversas áreas da atividade estadual alicerçada em dossiês, ameaças, chantagens, intimidações e todo tipo de terrorismo onde ninguém foi poupado dessa atividade criminosa que abrangia autoridades e o cidadão comum desde que ele não se submetesse ou atrapalhasse os projetos da organização.
Por muito tempo escritórios de advocacia foram mantidos e abastecidos com o dinheiro surrupiado ao Estado para emprestar aparência legal ao terror implantado de forma violenta e covarde com uma enxurrada de processos que inundaram a Justiça e por mais estapafúrdios que fossem encontrando abrigo e acolhimento.
Esse portal foi alvo desse terror judiciário por contestar os números de redução da violência até quando eles eram refutados pela delegacia de Homicídio.
Mas vamos aos fatos que interessam que são aqueles que confirmam que essa atividade criminosa de estabelecer censura a imprensa pelo terror ainda não foi abandonada e se encontra em plena atividade demonstrando que o crime organizado estendeu-se para a atual gestão com a permanência do coronel Euller no comando da Polícia Militar, agindo com desenvoltura e autonomia, distribuindo ameaças explicitas, chantageando e aterrorizando famílias de autoridades e de jornalistas.
No final do ano passado agentes da P2 vasculharam áreas próximas onde morava o filho do editor deste jornal apresentando uma foto com seu rosto destacado em circulo, ressaltando que era ele que interessava, causando pânico aos familiares, principalmente a mãe.
O fato apesar de não ser publicado foi comunicado a autoridades como o Secretário de Segurança Pública Jean Nunes e ao secretário de Comunicação Nonato Bandeira todos cientes de como funcionava a inteligência da Policia Militar empregada em atender aos interesses mais subalternos do comandante.
Ficou claro no episódio, a intenção de aterrorizar como aterrorizou a família do jornalista Lelo Cavalcante com os métodos repressivos do comandante no evidente intuito de abafar pelo terror a sequencia de matérias do Jampanews abordando as muitas irregularidades cometidas por ele a frente da corporação.
Depois da queda do poderoso chefão e com a insistente cobrança desse portal para que se identificassem as forças policiais que davam suporte ao número dois da quadrilha, Coriolano Coutinho, tão genericamente determinadas no bojo do processo como forças policiais, recrudesceram as ameaças feita pela web em espaços como o WatszAap onde assessores do comandante mandavam recado para o editor do Jampanews dizendo que ele aguardasse que teria troco “suas mentiras e calúnias”.
Da ameaça pela internet à prática foi um pulo como se pode ver a partir do relato que faremos agora: de sexta-feira 10 de janeiro até ontem um carro da marca Ford Kar placa QQG-8034 passou a circular no entorno do sitio onde mora o editor e um filho de maneira acintosa com paradas na frente da residência pretextando olhar pneus e o reiterado trajeto que chamou atenção de todos pela continuidade de dias.
Em viagem, o jornalista chegou terça-feira ( 14) e foi logo comunicado da presença estranha e insistente do veiculo por amigos e vizinhos todos desconfiados e receosos da presença do veículo nas redondezas.
Na quarta ( 15) o automóvel voltou a circular da mesma forma acintosa até que Lelo foi para a estrada vicinal que dá acesso a sua granja na tentativa de abordá-lo sem sucesso e sem poder identificar quem estava no interior pela intensidade do vidro fumê.
Anotada a placa descobre-se que o veiculo é locado pelo Estado a disposição de quem? Da P2 para não estragar o desfecho do enredo. Exatamente as forças ligadas ao comandante e que já protagonizaram episódios como o do espião na Secretaria de Segurança e o da perseguição ao filho mais novo do jornalista.
Se havia alguma dúvida da manutenção do terror instalado pela quadrilha de Ricardo Coutinho no Estado a presença desse carro num ermo como é Camaçari localizado na zona rural de Pedras de Fogo, essa deixa de existir diante de tão comprovada atuação que vai endossar as suspeitas de continuidade da organização criminosa chefiada por Ricardo Coutinho ainda viva e atuante na atual gestão sob o comando de Euler Chaves a quem o jornalista atribui publicamente a responsabilidade por qualquer coisa que possa acontecer a ele e a sua família.
Impotente, sem saber a quem recorrer diante da confirmação da captura do estado por um organização criminosa ainda em atuação na gestão de João Azevedo.
Diante da impotência de João Azevedo sem a necessária autoridade para remover essas ameaças a sociedade, o jornalista faz público os fatos, e estende as responsabilidades ao governador por qualquer coisa que lhe aconteça ou aos seus familiares, amaçados pelo poder avassalador que essa organização tem demonstrado, indiferente e imune as investigações provando que o comandante é inacessível a Justiça, já que impune a todos as atrocidades que já lhe foram imputadas.
Por toda essa realidade cruel que prova até onde a Paraíba afundou na marginalidade editor do Jampanews vai recorrer aos poderes federais para solicitar garantias para ele e familiares. O fato prova a ousadia da organização criminosa ainda em atuação afrontando a Lei e a Justiça e demonstrando o poder enorme do chefe ainda solto e comandando os asseclas.