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USP lidera Ranking Universitário Folha pelo quarto ano seguido; UFPB está em 31º lugar

USP (Universidade de São Paulo) mantém a liderança no RUF (Ranking Universitário Folha) pela quarta edição consecutiva. Com a melhor nota na classificação geral, a instituição se destaca como a primeira classificada em 33 das 40 carreiras avaliadas, como direito, psicologia, enfermagem e administração, que, juntas, somam mais de meio milhão de ingressantes. A Universidade Federal da Paraíba ocupa a 31ª posição.

Em sua décima edição, o levantamento avalia, ao todo, 203 universidades (públicas e particulares) e as 40 carreiras com maior demanda no país. São aplicados cinco indicadores: ensino, pesquisa, mercado de trabalho, inovação e internacionalização.

Esta é a oitava vez que a USP lidera o ranking —só em 2016 e 2017 não ficou em primeiro, posto ocupado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Segundo o reitor da universidade, Carlos Gilberto Carlotti Junior, entre as iniciativas de destaque da instituição no último ano estão projetos relacionados à permanência estudantil, como a criação do Fundo USP Diversa, voltado à concessão de bolsas, e a criação de centros internacionais e de pesquisa e inovação.

Um exemplo concreto é a implantação da estação experimental de abastecimento de hidrogênio renovável a partir de etanol. Previsto para ser inaugurado em novembro, o projeto terá capacidade de produzir 4,5 quilos de hidrogênio por hora, quantidade suficiente para abastecer até três ônibus e um veículo leve.

A iniciativa é parceria entre a Escola Politécnica da USP e empresas privadas e tem como objetivo abastecer os ônibus que circulam exclusivamente dentro da Cidade Universitária, em São Paulo, além de um automóvel para testes.

“Há anos a USP tem feito um esforço muito grande para que a inovação fizesse parte de sua agenda e estivesse presente em todos os seus ambientes”, afirma Carlotti Junior à Folha.

“É cada vez mais clara a importância da interação entre o governo, as empresas, as universidades, os empreendedores e as agências de financiamento de capital de risco para gerar conhecimento e inovação.”

No RUF 2024, a Universidade de São Paulo está à frente em quatro indicadores —inclusive em inovação e internacionalização—, exceto no de ensino, em que a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) lidera.

Na segunda posição da classificação geral desde 2019, a universidade do interior paulista teve avanços recentes em suas políticas institucionais, destaca o reitor, Antonio José de Almeida Meirelles, como a adoção de cotas para pessoas com deficiência nos cursos de graduação.

“A Unicamp analisa, agora, a possibilidade de estabelecer cotas na graduação para pessoas transgênero”, afirma ele. O assunto ainda passará pelo Conselho Universitário.

No campo da pesquisa, Meirelles destaca a participação da universidade em dois projetos internacionais. Um deles dedica-se a estudar propriedades dos neutrinos, que são partículas subatômicas abundantes no universo, sem carga elétrica.

O segundo é voltado à avaliação dos efeitos do aumento do gás carbônico atmosférico sobre a amazônia, sua biodiversidade e seus ecossistemas, este uma parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o governo britânico.

 

Com informações transcritas da Folha de S. Paulo

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