Veneziano relembra trajetória de Ulisses Guimarães, morto há 30 anos
O vice-presidente do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), homenageou nesta quarta-feira (12) a imagem e trajetória política do saudoso “Senhor Democracia”, Ulysses Guimarães, que faleceu, aos 76 anos, em 12 de outubro de 1992, em um acidente aéreo de helicóptero, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Para Veneziano, Ulysses deixou um dos maiores legados da política brasileira, ao ser fiel defensor da democracia, presidindo a Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988, que inaugurou uma nova ordem democrática no país, após 21 anos sob a ditadura militar.
Veneziano afirmou que a Constituição “representou, inicialmente, a recusa da nação contra o regime de arbítrio”, tornando-se “símbolo da nossa democracia e da garantia dos nossos direitos fundamentais”, através da compilação de 62 mil emendas apresentadas pelos constituintes, durante 615 dias de trabalho.
“Grande parte desse saldo podemos debitar na conta da Constituição e de pessoas como Ulysses Guimarães, Vital do Rêgo, Ronaldo Cunha Lima, dentre outros ilustres parlamentares que defenderam a democracia”, afirmou Veneziano, ao lembrar palavras de Ulysses Guimarães: “Política não se faz com ódio, pois não é função hepática. É filha da consciência, irmã do caráter, hóspede do coração… Quem não se interessa pela política, não se interessa pela vida”, disse Ulysses, um dos mais importantes políticos da história do Brasil.
Quem foi Ulysses Guimarães
Nascido em 6 de outubro de 1916, na Vila de Itaqueri da Serra, atual distrito do município de Itirapina, que à época era parte do município de Rio Claro, no interior do estado de São Paulo, Ulysses Silveira Guimarães foi político e advogado, um dos principais opositores à ditadura militar. Foi o presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988, que inaugurou a nova ordem democrática no país, após 21 anos sob a ditadura militar.
Ulysses foi presidente da Câmara dos Deputados em três ocasiões distintas e também candidato à presidência da República na eleição de 1989. O emedebista citou avanços obtidos pela Carta de 1988, entre eles a demarcação de terras indígenas; o reconhecimento da propriedade das áreas remanescentes de quilombos; o salário mínimo nacional unificado; a jornada de trabalho de 44 horas semanais; a proteção ao meio ambiente; e a aposentadoria dos trabalhadores rurais.