Raíssa Lacerda é presa por aliciamento de eleitores em operação da PF; defesa aponta “ardilosa perseguição”
A Polícia Federal na Paraíba deflagrou a segunda fase da Operação Território Livre, na manhã de hoje, e prendeu a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), que concorre à reeleição, e três pessoas de sua assessoria, após buscas em sua casa no Alto do Mateus. A operação investiga assédio violento a eleitores e envolvimento com organização criminosa no Bairro São José, em João Pessoa.
A prisão de Raíssa Lacerda foi decretada com base em conversas encontradas nos celulares apreendidos durante a primeira fase da operação, realizadas há cerca de 10 dias. As investigações da PF apontam para a participação da vereadora em atos de coação e controle de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas com fins eleitorais.
A defesa da Raíssa nega qualquer participação da vereadora no esquema investigado, em nota distribuída à imprensa. Os advogados dizem que estão “abismados” com a prisão. “Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação ‘Território Livre’ e a verdade virá a tona e será esclarecida. Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade. Raíssa é inocente e tem como provar. Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral”, diz a nota.
Na primeira fase da operação, a Polícia Federal apreendeu R$ 5 mil em dinheiro, documentos com dados pessoais de pessoas que não residiam no local da busca, contracheques de servidores públicos da Prefeitura Municipal de João Pessoa, além de celulares que agora servem como base para a continuidade das investigações.
Raíssa Lacerda já havia sido alvo dessa primeira fase da operação, quando havia falado em perseguição eleitoral e insinuado que, na verdade, um outro candidato a vereador estaria envolvido.