Viúvas de RC aplaudem a Nona fase da Operação Calvário e apontam o dedo sujo para João Azevedo, esquecendo que o alvo das investidas policiais foram conselheiros do TCE
As viúvas de Ricardo Coutinho vibraram com a Nona fase da Operação Calvário que, ao contrário das demais, quando tiveram de fazer acrobacias mentais para diluir o teor devastador das acusações promovidas pelo Ministério Público e Polícia Federal contra Ricardo, agora festejam as investidas da operação federal centradas em eventual envolvimento do governador João Azevedo contaminado por tudo que esteve ou está próximo ao ex-governador diante da gigantesca organização criminosa que engendrou e que surrupiou milhões da Saúde e da Educação no mais fantástico e bem elaborado esquema de saque ao dinheiro público.
Quase que a Operação é idolatrada e quase esquecem que ela tem por objetivo esclarecer e reforçar denúncias contra o esquema criminoso montado e liderado pelo ex-governador hoje arrastando as correntes da maldição pelos corredores da politica como se pode deduzir da violenta rejeição que seu nome provoca no eleitor mais esclarecido do Estado que não se deixa enganar pelo coaxar dos sapos na beira da lagoa.
A Operação passou longe do Governador reconhecidamente um homem probo como atesta sua longa trajetória no serviço público onde nem sempre andou em boa companhia como se pode apreender de sua participação em gestões como a de Sara Cabral, em Bayeux, onde o zelo com a coisa pública nunca foi exemplo e rendeu uma boa dose de escândalos, mas que não atingiram a figura honrada do então secretário João Azevedo.
A nona fase da Operação Calvário – nunca esquecer que ela diz respeito a Ricardo Coutinho e todo bando preso – teve seu impacto maior dentro do Tribuna de Contas onde conselheiros já afastados foram alvo de busca e apreensão de documentos que possam confirmar o envolvimento da corte com os desmandos da organização criminosa supostamente chefiada pelo socialista.
A parceria escandalosa de conselheiros com o esquema criminoso de Ricardo pode ser medida pelos inúmeros processos arquivados, que atingiam em cheio figuras proeminentes do bando desbaratado como também pela nunca apurada participação da esposa do presidente da corte acusada de pedir propina para aliviar a barra de gente fina junto aos peritos do Tribunal.
Essa corte foi alvo das investidas da Nona Operação da Calvário e deve trazer a tona muita coisa que as viúvas de Ricardo desejariam ver enterrada na memória popular nesse momento em que o ousado líder da organização criminosa disputa o voto do eleitor para prefeito da capital de onde alçou voo para sua fantástica carreira de homem público tolhida pelo destino e por tornozelheiras que lhe atrapalhavam os passos, mas retiradas pela complacência do mais complacente dos Ministros do STF.
A Nona fase da Operação Calvário se debruça sobre a corte de contas do Estado visivelmente antipática ao governador João Azevedo desde que interrompeu o fluxo de favores aos conselheiros e de quebra demitiu a esposa do presidente Arnóbio Viana, uma locomotiva social que solicitou R$ 50mil reais para amaciar pareceres técnicos, mas que não teve suas estripulias devidamente apuradas como devia ser feito caso aquele órgão preservasse a dignidade que lhe é exigida.
Portanto, professoras e professores, o alvo dessa Nona jornada continua sendo as investidas dadas ao erário pelo chefão poderoso que submeteu o estado aos ditames de sua vontade inquebrantável assustando e aterrorizando, mas também enternecendo muita gente boa ainda atreladas aos seus projetos de hegemonia política.